Quando se sai da terra natal, uma adaptação complicada já é esperada e faz parte do pacote chamado intercâmbio. O que não te disseram é que a volta pode ser muito mais difícil que a ida. Da primeira vez se sabe que tem volta, da segunda não... Os amigos que conheceu lá, os momentos que passou, as ruas pelas quais caminhou ficaram para trás e talvez não os veja mais. Ou talvez demore anos para revê-los. Tudo é incerto. Só resta esperar e aceitar a situação atual: a vida voltou ao normal.
Estágio, faculdades, responsabilidades e preocupação com a carreira voltam a habitar sua mente e seu dia-a-dia. Isso deve ser o mais difícil para um intercambista que vivia um momento de despreocupação. Voltar a morar com os pais também não é fácil. É preciso dar um breve adeus a total independência.
Nas primeiras semanas, é isso que mais pesa. Depois resta a saudade. Essa palavra de grande significado que só existe na língua portuguesa e que expressa uma certa vontade de querer voltar no tempo para reviver momentos e rever pessoas. Há gente que diz que isso passa, eu espero mesmo que sim.
Aos poucos tudo volta ao seu lugar. Algumas coisas, claro, mudam no que antes se chamava de "normal". Também há boas notícias nessa confusão: provavelmente semana que vem, uma alemã venha se juntar a família Backes Barboza. A intercambista da cidade de Metzingen está passando pela mesma experiência que eu passei lá, mas acredito que com mais dificuldades (Porto Alegre pode parecer um caos para quem não a conhece bem). Talvez isso renda alguns posts para o Komm mit!... mas não posso garantir nada, já que, enfim, tudo começa a voltar ao normal.
Bem-vinda à realidade...