quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Já era de se esperar...


Depois de 10 meses e 29 dias chegou o momento que eu mais temia: a hora de partir. Weggehen! Que escolha?! O tempo infelizmente não volta atrás e o acúmulo dos dias, semanas e meses só tem um resultado: a volta para a casa. Confesso todavia que o conceito “casa” me parece meio difícil de definir no caso em que me encontro. Afinal, “casa” ou “lar” é onde a gente se sente bem, à vontade e onde as pessoas que tu gosta também se encontram. E então? Prefiro deixar essa discussão de lado, se não pode chatear algumas pessoas... e até porque eu ainda não encontrei uma boa explicação... Prefiro pensar que vou trocar um lar pelo outro...
Antes disso é preciso se organizar - se possível. Entre a arrumação caótica dos quilos de roupa no armário e tralha por todo o quarto e as burocracias a serem realizadas por toda cidade, a ficha demora a cair. O choque da ida vem devagar, mas chega antes de partir, com no meu caso. As despedidas dos amigos que ficam ou que vão para países distantes do Brasil é a primeira dose de realidade. O quarto vazio com as pareces brancas e a cama desfeita é a segunda. Por fim, a porta da WG se fecha e não é mais possível abri-la. A chave não me pertence mais. Bagagens no carro e gás para longe da cidade. As ruas e os prédios pelos quais aprendi a me guiar podem ser vistos pelo espelho retrovisor... entre estes lugares ficam as lembraças de dois semestres realmente inesquecíveis.
É dificil resumir em um texto todos os momentos bons (estranhos, tristes etc etc) que passei na pequena Tübingen. Com certeza, quando se vai embora é que se nota tudo que se deixa pra trás e tudo que você deixou de fazer. Entre essa lista de coisas, postar no Blog com mais frequência é uma delas... Por isso devo me desculpar com os leitores. Vocês de fato mereciam postagens mais frequentes, isso eu reconheço. Nesta lista também ficam os lugares que não visitei, as festa que eu não fui, as pessoas que não cumprimentei na rua e com quem não conversei por alguns segundos... Fora isso, as amizades feitas e os conhecimentos adquiridos, tanto da língua como da cultura, não deixam arrependimentos.
Vocês devem entretanto manter um ponto de interrogação na cabeça. Onde anda Débora Backes, já que está fora de Tübingen, mas não no Brasil? A história é longa e tomaria mais de um post do Blog - sem falar que também não gostaria de esclarecê-la por inteiro. Defino então meu paradeiro em três palavras: casa da sogra (se assim posso chamar). Em uma pequena cidade (pequena não, minúscula mesmo) perto de Bad Kissingen vim passar meus últimos dias e, de fato, viver em uma família alemã. A palavra "sogra" deixo para explicar pessoalmente (se for o caso). Só termino dizendo: há coisas que acontecem na Alemanha e ficam na Alemanha... e outras contudo não.
Vejo vocês no Brasil!
Und bis bald Deutschland...

Um comentário:

  1. ahhhhhh tu tá voltando!!
    amiga, caiu uma lágrima lendo teu post! lembrar das coisas que deixei de fazer e de todas as coisas maravilhosas que fiz... que saudade de estar em tübingen!
    há coisas que acontecem na Alemanha e ficam na Alemanha, e outras que vem para o Brasil? hmmmmm to curiosa para saber se o que vem para o Brasil é só o conhecimento adquirido ou se há algo mais hhihihihiih
    beijossss, Fê

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